Veja a nota enviada pelo MEC:
O Ministério da Educação informa que, conforme Referencial Monetário recebido pelo Ministério da Economia, a redução de orçamento para suas despesas discricionárias foi de 18,2% frente à Lei Orçamentária Anual 2020 sem emendas. Esse percentual representa aproximadamente R$ 4,2 bilhões de redução. É importante ressaltar que houve um simples ajuste de despesa, no qual os recursos que estavam sob o controle do Ministério da Saúde (R$ 278,8 milhões), para Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf), foi alocado no MEC. Tendo em vista a peculiaridade dessa transferência e a finalidade específica do gasto (que estava comportado no orçamento do Ministério da Saúde), não se contabiliza nos números acima essa realocação.
A redução para as universidades federais será a mesma aplicada para o MEC nas suas fontes do tesouro, ou seja, 18,2%. Isso representa aproximadamente R$ 1 bilhão. Ressalta-se que as fontes próprias das universidades dependem do potencial arrecadador e da estimativa apresentada por cada universidade em separado. Dessa forma, não houve corte para as receitas próprias por parte do MEC. Em razão da crise econômica em consequência da pandemia do novo coronavírus, a Administração Pública terá que lidar com uma redução no orçamento para 2021, o que exigirá um esforço adicional na otimização dos recursos públicos e na priorização das despesas. Objetivando minimizar o impacto da redução do orçamento para 2021, além da liberação de 100% dos recursos alocados diretamente nas universidades federais na LOA de 2020, o MEC liberou recursos adicionais para as universidades voltados à projetos de redução de despesas como, por exemplo, painéis fotovoltaicos, vigilância eletrônica, conclusão de obras para redução de aluguéis, ações de inovação, combate à pandemia da covid-19, conectividade à internet, entre outras, que totalizaram aproximadamente R$ 450 milhões.
O MEC afirmou que planeja um corte de R$ 4,2 bilhões no orçamento das despesas discricionárias para 2021, redução de 18,2% em relação ao orçamento aprovado para 2020.
Segundo o MEC, o percentual será repassado a todas as áreas do ministério. Nas universidades e institutos federais de ensino, a previsão de corte é de R$ 1 bilhão.
Os valores que podem ser cortados são referentes às despesas discricionárias, ou seja, aquelas que não são obrigatórias e que têm o remanejamento garantido por lei. São despesas como água, luz, contratação de terceirizados, obras e reformas, compras de equipamentos, realização de pesquisas e até a assistência estudantil.
Os cortes não afetam as despesas obrigatórias, como salários de funcionários e aposentadorias, que fazem do orçamento dessas instituições.
Na última quarta-feira (12), reitores mostraram preocupação com a situação e afirmaram que o corte previsto pode inviabilizar atividades nas universidades federais.
Proposta pode ser alterada
Apesar do anúncio, o corte no orçamento das universidades federais ainda é uma proposta do Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa), apresentada pelo Ministério da Economia, que deve ser enviada ao Congresso Nacional até o fim de agosto. O plano apresenta como o governo federal pretende utilizar o dinheiro no ano seguinte.
O projeto precisa ser aprovado pelo Congresso e pode sofrer alterações antes da votação. Até que a proposta seja votada, entidades representativas das universidades e institutos federais de ensino, como a Associação Nacional de Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), afirmam que vão tentar reverter o corte no Congresso, durante a tramitação do orçamento.
Fonte da Noticia:
https://g1.globo.com/mg/triangulo-mineiro/noticia/2020/08/18/ministerio-da-educacao-preve-corte-de-r-81-milhoes-do-orcamento-da-uftm-para-2021.ghtml
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