Publicado: 13 noviembre 2020 a las 7:00 pm
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Moçambique 13 de novembro 2020/ Por: MMO/Fonte: https://noticias.mmo.co.mz/
“Estes ataques criminosos fazem parte de uma agenda do terrorismo transnacional que pretende impedir o usufruto das riquezas do país pelo povo”, declarou Gabriel Júnior.
Por seu turno, Francisco Mucanheia, também deputado da Frelimo, apelou à unidade de todos os moçambicanos face ao que classificou como “ação terrorista de grandes proporções”.
“O direito do povo moçambicano à soberania e à integridade territorial está a ser confrontado por um inimigo comum que pretende impedir os moçambicanos de tirar vantagem dos seus recursos naturais”, afirmou Francisco Mucanheia.
O deputado e porta-voz do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceiro partido e com o menor número de deputados na AR, Fernando Bismarque, alertou para o risco de alastramento da violência movida pelos grupos armados que atuam em Cabo Delgado, qualificando como “dramática a situação dos direitos humanos” na região.
“Esta situação não deve ser minimizada sob pena de se alastrar às províncias vizinhas e a todo o país, temos de acabar com a indefinição em torno do que se passa em Cabo Delgado e debater o problema a sério”, referiu Bismarque.
Elias Impuire, deputado do MDM, defendeu a urgência do apoio humanitário aos deslocados de guerra, porque as populações enfrentam uma situação dramática.
“É urgente o reforço da capacidade financeira dos distritos que estão a acolher os deslocados de guerra, porque falta tudo o que é necessário para a assistência humanitária”, destacou.
Elias Impuire integrou a missão da Comissão dos Assuntos Constitucionais, Direitos Humanos e de Legalidade da AR, que elaborou o relatório hoje debatido.
A Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição, abandonou a sessão logo no início.
A resolução repudia a violência armada no norte e centro do país e pede ao Governo que reforce a capacidade logística e material das Forças de Defesa e Segurança (FDS).
A aprovação da resolução acontece numa altura em que o conflito em Cabo Delgado tem sido motivo de atenção a nível internacional devido a relatos de massacres cometidos por rebeldes, vitimando centenas de pessoas na última semana, parte das quais alegadamente por decapitação.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse na quarta-feira estar “chocado” com os “recentes relatos de massacres perpetrados por grupos armados não estatais em várias aldeias na província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, incluindo a decapitação e rapto de mulheres e crianças”.
A violência armada está a provocar uma crise humanitária com cerca de 2.000 mortes e 435.000 pessoas deslocadas para províncias vizinhas, sem habitação, nem alimentos suficientes – concentrando-se sobretudo na capital provincial, Pemba.
Na região centro, a Junta Militar, uma dissidência armada da Renamo, é suspeita da morte de 30 pessoas em ataques a autocarros, aldeias e elementos das FDS.
O movimento contesta o líder eleito da Renamo no congresso de 2019, Ossufo Momade, e surgiu em junho de 2019.
Fonte da noticia:
https://noticias.mmo.co.mz/2020/11/deputados-dizem-que-soberania-esta-sob-ataque-do-terrorismo-transnacional.html
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